Mudas de caminho por ora...
Ao ver-me teu olhar se alegra,
Enquanto teus gestos dedilham-me
E minha pele se tem tocada por tua feérica imagem.
Essa é a dose de dor que basta
Para surtir efeito no meu peito singelo,
Que embora me traia,
Contempla-me com teu pulsar de léxicos!
É o que há de mais belo
A sensação de por vezes retornar
À vida quando na tristeza se encontra,
E ter-te como fonte de meu pensar
Quando devo esquecer-te e
Encolher-me nos esconderijos de minha casca.
Se isso me é prazeroso,
É que por ti cultuo grande apreço,
E tanto, mas tanto, quanto pelo sofrimento.
Por isso, não cometas a indelicadeza de partir,
Que se o fizeres, minha lira se fará descontente!
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