sexta-feira, 14 de outubro de 2011

DIÁLOGO


Quando de ínfimo teu riso
Se faz o mais notável,
Contempla-me a alma
O sonoro prazer que de ti foge!

Se tua distração me faz, por vezes,
Sentir amargo o sentimento,
Que este vire estilhaço
Quando eu me perder em tuas linhas...

Que no breve silêncio
Teus feitos me toquem
Através de pensamentos,
Num leve repelir de gestos.

Que eu, na ânsia de querer-te,
Deleite-me em tua pele com fervor...
E que tu não me sejas para sempre o mesmo,
Sejas-me constantemente junto e distante!




 

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