quarta-feira, 7 de setembro de 2011

NÃO PADEÇAS DE IMEDIATO

Que a vontade de por ora ver-me
Cause-te anseio de abraçar-me
E, que por tuas entranhas
Pouse como convulsão.

Que percas a fala só de pensar
Em pensar em tudo o que
Eu inocentemente causava-te
Quando descansava em teu rosto minhas mãos.

Que sejam breves e demoradas,
Suaves e grotescas as sensações todas
Que sentirmos nesse começo
Ou fim!

Já consigo até ver pálida tua boca sorrir
E inertes teus olhos secos piscarem...
Com que propriedade tu encantas
Meu ser tão criterioso?

Que teus braços imóveis de cansaço
Possam por um instante tocar os meus,
Que eu saiba ainda amar
Como um dia eu soube...

Ah... Que seja paciente o tempo
E que não traga consigo a maldade.
Que tenhamos ao menos tempo de abraçarmo-nos
Como um dia tivemos.


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