sexta-feira, 5 de agosto de 2011

EU


Quisera eu ser como os lençóis
Que voam leves e limpos
Empurrados pelo vento suave
Que soa ao meu ouvido como um sussurro...

Quisera tanto eu ser como
O pêndulo do relógio
Que se mantém sempre tão certo,
Que não se cansa que não quer recompensa.

Mas a mim, nada é cabível
E é mesmo ideal que em mim não confiem!

Porque na noite anterior
Eu surtei como um exorcizado
E quebrei todos os espelhos
E as leis do meu mundo!

No mais, como a correnteza do rio
Eu escoarei e refugiar-me-ei
No lugar mais puro
Para que a insanidade não me encontre.
Talvez isso seja a paz absoluta...

E talvez, nem os lençóis, nem os ventos
Nem os pêndulos sejam sempre perfeitos,
Decerto, como eu, todos eles
 Tem seus dias de fúria!

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